Sem Limites

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Esclarecer algumas dúvidas que normalmente as pessoas me pergunta e falar um pouco das coisas que eu gosto ou acho interessante.

27 de dezembro de 2009

Pupy e Pepita, meus eternos amores



Como todos que me conhecem já deve ter observado, eu simplesmente, amo os animais com uma paixão especial pelos cachorros!
Tive uma cachorrinha chamada Pepita que minha tia deu, era típica. Pinscher mesmo, magrinha, irritada com olhos de bomba rsrs, porém muito inteligente, aquele cérebro de azeitona era esperta até demais, parecia gente!
Pepita era uma verdadeira Lady gostava de carinho, mas tinha que ser no tempo dela, se ela se irritasse, mordia, mas mesmo assim eu a amava!
Logo resolvemos cruzá-la e arrumamos um macho chamado Willy, ele era troncudo, manso, parecia um sargento do exército rsr.
Nasceram três filhotes, um morreu sufocado pela placenta, pois não tínhamos experiência em partos, outro nós doamos e ficamos com a mais parecida com a mãe à única que nasceu pretinha com sobrancelhas amarelas, o pai possuía cor marrom!
Demos o nome da neguinha de Pupy, no começo hesitei em ficar com ela, pois amava a outra e a Pupy era ciumenta e não deixava a Pepita circular pela casa!
Logo a Pepita faleceu, acho que depois do parto os problemas que ela possuía no útero se agravaram!
Fiquei muito abalada, mas não sabia que daquele dia em diante, nascia em mim, um amor incondicional, que jamais senti.
Pupy foi me conquistando, pois era diferente dos outros Pinshers que conheci, ela era carinhosa, fofoqueira rsrs, inteligente, grudenta,engraçada, e entendia meus problemas, por incrível que pareça, quando alguém da casa ficava doente ela ficava quietinha olhando e não fazia bagunça!
Aonde minha mãe ia, a gordinha ia atrás e quando minha mãe não estava o grude era comigo, mas como nunca fiquei muito em casa, ela ficava mais com minha avó.
Os momentos especiais eram quando eu a chamava para tomar banho, ela me obedecia e entrava no boxe do banheiro, muito fofa, eu sempre dava banho nela, mimando e conversando com ela fazendo voz de criança como toda mãe coruja rsrs!
Ao contrario da minha mãe que na hora de dar banho era um castigo, a Pupy dava um baile nela, fazendo festa, só eu conseguia fazê-la me obedecer e a Pupy só me obedecia quando minha mãe não estava àquela cachorra sabia fazer chantagem emocional, principalmente na hora de pedir comida, me olhava com aquele olho enorme, e minha mãe ficava com dó rsrs eu dava o biscoito, pão, bolacha, mas nunca gostei, porque cachorro tem que comer ração, me preocupava com sua saúde, pois essa raça é extremamente frágil!
Tivemos momentos inesquecíveis de cumplicidade, e essa cachorrinha me ensinou a amar, me mostrou que Deus criou os animas para ensinar o homem o que é o amor, amar e não pedir nada em troca, só carinho e nada mais, são eternos e fiéis amigos, passam qualquer coisa ao nosso lado e dão a própria vida pelo dono e até hoje, lembro-me do dia que Pupy teve uma atitude heróica e salvou a vida de minha avó.
Numa noite de Outono, a porta da sala fechada e da área de serviço também que é onde Pupy dormia, ela fez muito escândalo, eu me minha mãe levantamos algumas vezes para mandá-la ir deitar, até que na 3° vez , quando abrimos a porta, ela passou pelo vão, gritou e latiu, arranhando a porta que dividia a cozinha e a sala onde minha avó dormia.
Minha avó estava desmaiada, e chamamos a ambulância, e naquele dia o médico disse que se demorássemos mais um pouco para socorrê-la, minha avó teria ido a óbito!
A amada Pupy salvou a vida de minha avó, incrível o sexto sentido dos animais!
Essa minha neguinha, uma legitima Pinscher gorda 1°de sua raça que eu havia visto, porque as características físicas dessa raça são bem magras, afinal de contas Pupy era única em tudo, até mesmo na sua forma física de bolinha rsrs era bem gordinha, fofinha, mas tinha um pique e uma disposição fora do comum, sempre de bem coma vida, sempre atrás da gente, e quando estávamos vendo TV, ficava ali deitada no chão olhando pra gente até levarmos o travesseiro dela na sala, ai sossegava, e na hora de ir deitar a levávamos de volta para área de serviço, e assim foi sua vida, cheia de amor e carinho, amada por todos em casa!
Mas com o passar do tempo, foi acontecendo coisas estranhas a Pupy. Sua saúde estava mais frágil a levávamos ao veterinário com freqüência, sempre por algum motivo, ela melhorava, mas em seguida apareciam outros problemas.
Até que um dia, começou ter hemorragia, a veterinária a medicou, cessou os sintomas, mas a barriga começou inchar e a cada dia que passava ela ficava mais triste e cabisbaixa, então a veterinária nos alertou dizendo que deveríamos operá-la com urgência, senão morreria.
Marcamos a operação para uma semana depois, era muito delicada e por causa da gordura dela, pagamos muito caro, porque precisava de doação de sangue, anestesia por inalação e vários procedimentos para correr menor risco de vida, e não medimos esforço, para salvá-la apesar de estarmos apreensivas com medo de perdê-la.
Finalmente chegou o dia, e durante a tarde, ela passou o dia inteiro atrás de mim, triste com a barriga enorme, pois a cada dia que passava ficava mais inchada, e nesse dia ela só queria deitar no chão, pois estava com febre interna, mal sabia eu o que nos aguardava.
Levamo-la, ao veterinário e começaram os procedimentos, com vários processos minuciosos e muita cautela, acompanhados de três profissionais sendo eles: o anestesista, a veterinária, e a veterinária especializada em operações.
Pediram para que nos retirássemos da sala eu e minha mãe. Com Pupy sendo medicada, conversaram, e nos chamaram, para iniciar a operação.
Enquanto Pupy estava no soro, cabisbaixa, ela subitamente levantou a cabeça, e abanou o rabo, nos olhando com muita felicidade, brincamos com ela e abanando o rabinho, parecia que tinha melhorado de um segundo para outro, isso durou alguns instantes, passou a impressão que estava se despedindo de nós.
Resolvemos aguardar a operação em casa, quando a veterinária nos informou por telefone, que tudo havia ocorrido dentro do esperado e que Pupy estava bem.
Trouxemo-la para casa, com cuidado, ela choramingava dentro do carro, a colocamos no travesseiro com cuidado, parecia tudo bem, quando de repente ela começou a gritar, a veterinária tinha nos alertado que poderia ser manha dela, então eu pensei que fosse, pois era muito mimada, mas subitamente, ela começou a respirar como se estivesse sem ar, liguei pra veterinária, a 1 ° vez, ela veio correndo e aplicou um remédio pra dor, Pupy se acalmou, em seguida após a doutora ter ido embora começou a respirar fadigada, liguei desesperada novamente cinco minutos depois, e nesse intervalo de tempo, eu entre gritos, desespero e choro, enquanto minha mãe estava chamando a veterinária novamente, eu clamava: Pupy meu amor, fala comigo, não vai embora, não me deixe, meu desespero era enorme, sentia ali a dor da perda com sua cabecinha apoiada na minha mão, ela deu um suspiro e seus olhos embaçaram, foi ali que percebi, que meu amor, tinha se desprendido da matéria aos sete aninhos, e ido para o outro plano, o plano espiritual, a veterinária chegou e levou o corpo, pois aquilo ali, não me importava, Pupy não estava mas entre nós, foi embora e levou um pedaço de mim, que até hoje não foi preenchido, com um vazio sem explicação.
E fica aqui esse texto, que escrevi em homenagem ao grande amor da minha vida, essa cachorrinha tão especial, que amei e sempre vou amar, assim como sei que ela nunca se esquecerá de nós.
Sei que isso não vai trazê-la de volta, mas quero compartilhar com vocês o amor e essa experiência e dizer que:
Cuide bem do seu amor, seja quem for!
Porque infelizmente nada é pra sempre, então devemos aproveitar ao máximo enquanto temos seres queridos ao nosso lado!
Pupy e Pepita, meus eternos amores.

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